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Apex-Brasil reforça ação na Europa e chega a Moscou

Veículo: Valor Econômico
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Promoção: Leste europeu é mercado de 150 milhões de consumidores

 


    Jacilio Saraiva, para o Valor, de São Paulo
    29/06/2010
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Ruy Baron/Valor
Foto Destaque
Alessandro Teixeira, da Apex: o Leste europeu é um mercado importante para o Brasil, porque possui um padrão de consumo elevado

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) inaugurou nos dois últimos meses mais dois centros de negócios internacionais: em Moscou, na Rússia, e em Bruxelas, na Bélgica, o sétimo da agência no mundo. O investimento na central russa chega a US$ 300 mil por ano. "A abertura da unidade em Moscou significa que o Brasil coloca definitivamente o pé no Leste europeu, mercado importante por possuir um padrão de consumo elevado", diz Alessandro Teixeira, presidente da Apex-Brasil.

A região tem cerca de 150 milhões de consumidores. O escritório vai promover a internacionalização das empresas brasileiras, estimular as exportações de serviços e produtos nacionais e atrair investimentos diretos para o Brasil.

O centro de negócios russo chega em boa hora. Em 2009, as exportações brasileiras para o país minguaram para US$ 2,8 bilhões, contra US$ 4,6 bilhões do ano anterior. A Rússia é o 13º principal parceiro comercial do Brasil. Entre os bens mais comercializados estão carne, café, máquinas agrícolas, calçados e vestuário.

"O principal objetivo do escritório é prestar consultoria para empresas brasileiras que querem entrar no mercado local", diz Yuri Ribeiro, chefe do centro de negócios da Apex-Brasil em Moscou. "Além disso, deve servir de radar para detectar e repassar oportunidades existentes na região para as companhias nacionais."

O escritório funciona em um novo centro empresarial da capital russa, o Moscow-City. Os investimentos devem somar cerca de US$ 300 mil por ano. "O Brasil é um fornecedor tradicional do mercado russo, especialmente na área de alimentos. Somente de carne fornecemos cerca de US$ 2 bilhões por ano", diz Ribeiro.

Para Ribeiro, qualquer informação pode ser importante para oferecer aos empreendedores mais segurança em tomadas de decisão. "As pequenas e médias empresas não têm margem de erro no momento de investir", diz. "Em primeiro lugar na pauta de importação da Rússia estão equipamentos, mas o país também importa alimentos e material de construção. Os russos passam por uma fase de modernização do setor produtivo, o que atrai novas oportunidades para a venda de tecnologias."

O centro de negócios está prestando serviços de consultoria em projetos nos segmentos de frutas, carne, material genético, joias e moda. "Moscou é um dos principais mercados de objetos de luxo, com o maior número de milionários do Leste europeu." Para a Apex-Brasil, a Rússia ocupa uma localização estratégica no mapa mundial de negócios, com potencial para se tornar um "hub" de produtos entre a Ásia e a Europa.

Este mês, a Apex-Brasil e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) inauguraram um escritório de relacionamento comercial em Bruxelas, na Bélgica. A cidade é sede da Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu e de outros órgãos de decisão no comércio europeu.

O escritório deve servir de base para ações de relacionamento político-econômico junto a deliberações tomadas pelo bloco. A ideia é que a central avalie as restrições comerciais criadas pelos compradores dos países europeus e que identifique ações que possam atrapalhar os interesses das empresas nacionais. Algumas normas técnicas criadas por membros da UE criam barreiras que impedem um maior volume de exportações em setores como a indústria química, carnes, mármores e granitos. Atualmente, o mercado comum europeu é o terceiro principal destino das exportações brasileiras.

A Apex-Brasil já tem centros de negócios na China, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Cuba e Polônia. O próximo escritório deve ser aberto em Angola.



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