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Algodão e soja reagem a medidas chinesas

Veículo: Valor Econômico
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    Fernando Lopes, de São Paulo
    22/06/2010
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Ainda que tenha oferecido um suporte adicional para as cotações internacionais das commodities em geral ontem nos principais mercados - mesmo que em alguns deles tenha havido desvalorizações por causa de outros fatores -, a flexibilização cambial chinesa teve reflexos particularmente "altistas" sobre as cotações do algodão e da soja, dois produtos agrícolas fortemente dependentes do apetite e do humor do gigante asiático.

Negociada na bolsa de Chicago, a soja subiu um pouco mais. Os contratos para agosto (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) encerraram a sessão negociados a US$ 9,5675 por bushel, ganho de 0,6%. Apesar da valorização e da boa demanda da China, o grão ainda acumula queda de 8,75% em 2010, em grande medida graças à oferta confortável com boas colheitas nos hemisférios Norte e Sul na temporada 2009/10.

Foto Destaque

O algodão, cujos preços tanto dependeram da China para inverterem a mão e voltarem a subir, também sentiu o efeito positivo da mudança da política cambial do país e ampliou seus ganhos no ano. Na bolsa de Nova York, os contratos para entrega em outubro fecharam a 78,91 centavos de dólar por libra-peso, saltos de 0,5% no dia e de 3,03% em 2010.

No mercado de algodão, trata-se de um fôlego extra sobretudo diante da possibilidade de aprofundamento da crise financeira europeia, que poderá, conforme análise recente do Rabobank, traduzir-se em "diminuição da renda per capital novamente em 2010/11". O banco holandês, com forte participação no agronegócio, lembra que o consumo de têxteis é muito sensível a variações de renda. Historicamente, aponta, uma variação de 10% na renda provoca impacto de 9,1% no consumo.



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