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A chance de ouro do Brasil

Veículo: DCI
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Da Redação

Depois de uma crise econômica como a que se alastrou pelo mundo a partir do final de 2008 instaura-se pelo menos uma certeza: o mundo nunca mais será o mesmo depois da turbulência. É esta realidade que a economia global está vivendo no momento. Enquanto os Estados Unidos, epicentro da crise, tentam se recuperar, a Europa vive dias de penúria, procurando evitar que o mal se alastre pelo continente. Enquanto isso, ganham força países emergentes, que sofreram menos com o tsunami econômico, com destaque para Brasil e China.

Ainda é cedo para dizer que uma nova ordem econômica mundial está desenhada, mas não parece haver dúvida de que o cenário dá sinais claros de mudança.

Já não se pode dizer, hoje em dia, que o centro do mundo econômico continua a ser formado por Estados Unidos e União Europeia. Evidente é que ambos ainda são potências, mas estão de tal maneira envolvidos em seus problemas econômicos que abrem espaço, involuntariamente, para o surgimento de novas forças econômicas.

A China surge como protagonista nesse novo cenário. A força da economia chinesa fica a cada dia mais clara. Embora seja ainda predominantemente um país que exporta produtos de qualidade questionável, já existem setores em que os chineses estão se sofisticando. O tamanho do país e de sua população também impõem respeito crescente.

Por seu lado, o Brasil colhe agora os frutos de uma política econômica que deu certo em alguns pontos, com destaque para o fim da inflação elevada. O País sofreu, sim, com a crise global, e não foi pouco. No entanto, saiu-se relativamente bem, e passou a ser visto como potência emergente, com vantagens claras sobre Índia e Rússia (para ficar em outros dois países dos quais se espera crescente papel de destaque na economia mundial).

Essa situação, sem dúvida, é motivo de comemoração. No entanto, também torna-se motivo de preocupação. Se o País insistir em equívocos como a alta carga tributária e juros desnecessariamente elevados, as empresas brasileiras perderão sua competitividade. E teremos perdido uma oportunidade histórica de, finalmente, transformar em realidade nosso potencial de crescimento econômico.


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