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Veículo: O Estado de S. Paulo
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09 de junho de 2010 | 0h 00

Filipe Domingues - O Estado de S.Paulo

O sentimento momentâneo de que a economia dos Estados Unidos seguirá em recuperação melhorou ontem o humor dos mercados. Indústrias e comerciantes compraram contratos de algodão e puxaram a alta na Bolsa de Nova York. Os lotes da pluma para entrega em julho fecharam com ganhos de 1,42%, a 78,32 centavos de dólar por libra-peso.

O algodão é uma das commodities agrícolas que mais reage aos fatores macroeconômicos, pois o consumo de têxteis tende a ser muito afetado quando há crise. Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse que a recuperação do país após a recessão será contínua. Isso melhorou a perspectiva de demanda por matérias-primas.

As compras da indústria têxtil vêm se mantendo firmes, mas a oferta de algodão é apertada, o que deve sustentar os preços até a chegada da nova safra ao mercado, no fim do ano.

Sinais de demanda impulsionaram ainda mais o preço do açúcar em Nova York, que saltou 3,84%. Além do otimismo com a economia, o mercado espera que países do Oriente Médio voltem a importar. O Paquistão informou que vai precisar comprar em agosto e setembro.

Outras commodities subiram. O cacau avançou 1,20% e o café, 0,34%. Em Chicago, o milho teve alta de 0,45%. Mas o trigo ficou estável e a soja caiu 0,43%.