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Produção de máquinas e equipamentos impulsiona indústria no trimestre

Veículo: Valor Econômico
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Juliana Ennes | Valor

 

A alta de 14,6% do setor manufatureiro no primeiro trimestre de 2010, em relação aos três primeiros meses do ano passado, foi impulsionada pelo recorde registrado pela indústria de transformação, cujo avanço no período foi de 17,2%, o maior da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor representa 61% da indústria do país. A produção interna de máquinas e equipamentos foi a que mais pesou para o avanço industrial, de acordo com a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis. Ela lembrou que, além disso, houve forte importação de máquinas e equipamentos, o que ajudou a impulsionar a formação bruta de capital fixo (alta de 7,4%, ante o quarto trimestre de 2009).


A indústria de transformação também foi sustentada pela metalurgia e pela siderurgia, segmentos que tinham sido muito afetados na época da crise, além da indústria automotiva, têxtil e de produtos químicos.


Outro setor impulsionado pela indústria de transformação foi o de geração de eletricidade, água, gás e esgoto, que teve alta de 8,1% nos três primeiros meses do ano.


A construção civil também contribuiu para sustentar o avanço da indústria no trimestre, tendo registrado recorde histórico ao subir 14,9%. "O setor já vem mostrando recuperação desde o ano passado, impulsionado pelo emprego, que está crescendo, porque o setor é muito intensivo em mão de obra", disse Rebeca.


O crescimento nominal do crédito habitacional de 48,1%, segundo dados do Banco Central (BC), também ajudou a construção civil, assim como o programa de aceleração do crescimento (PAC).


O setor industrial de extrativa mineral teve o maior avanço, de 13,6%, desde o segundo trimestre de 2004, quando foi registrada alta de 14,5%. O destaque foi da extração de minério de ferro, que subiu 52% no primeiro trimestre de 2010, devido à baixa base de comparação do ano passado. Vale notar que esse segmento foi muito afetado pela crise econômica.

Já a extração de petróleo e gás natural manteve-se relativamente estável, com alta de 0,3%.


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