BLUMENAU - Vera, Annette e Rodrigo não trabalham na indústria têxtil, mas esperam o ano todo pelos quatro dias de Feira Internacional da Indústria Têxtil (Texfair), que começa terça e vai até sexta-feira no Parque Vila Germânica. Eles são empresários ou autônomos do ramo de serviços e fazem parte de uma cadeia de setores que faturam com o evento, focado no turismo de eventos e no mercado têxtil. De florista a gesseiro, de marceneiro à senhora do cafezinho, todos saem ganhando com a Texfair.

– A feira movimenta uma série de atividades econômicas paralelas. Não temos como contabilizar quantos empregos indiretos ela gera. Cerca de 80% dos estandes, por exemplo, contratam arquitetos para projetar algo inovador – explica Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis (Sintex), entidade que organiza a Texfair.

A parceria entre o florista Roberto Boebel e a produtora de eventos Annette Luise Hosch resulta na maioria das folhagens e flores que enfeitam os estandes da feira. Só nesta edição serão 300 unidades, a maioria locada. Roberto cultiva as plantas em um orquidário no Distrito do Garcia. Annette leva os vasos à Vila Germânica nos dias que antecedem a feira, para que os clientes possam escolher as espécies que mais agradam.

– Esse é meu diferencial. Os expositores podem escolher sem sair do parque – gaba-se Annette.

Para os taxistas, os quatro dias de Texfair são os mais rentáveis do ano, aponta o presidente do sindicato da categoria, Mariano Vieira. O faturamento supera até os 18 dias de Oktoberfest. Dos 186 táxis do município, pelo menos 120 ficam 24 horas à disposição do evento.

– Oktoberfest é à noite. Texfair é o dia todo e os participantes têm mais dinheiro – resume Vieira.

O economista e especialista em análise de mercado Vilmar José Tomio explica que a Texfair proporciona ganhos maiores do que qualquer outro evento de Blumenau justamente pelo alto poder aquisitivo dos participantes e das empresas envolvidas.

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