Marisa segmenta para crescer mais rápido
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Quatro lojas de rua da Além de canapés, refrigerantes, espumantes e bombons de chocolate com lingeries desenhadas em açúcar, as convidadas puderam conferir (e comprar, por quatro horas) um mix de 30 mil itens em peças íntimas. Para a festa de lançamento no dia 25, quatro lojas, que antes ofereciam o mix tradicional da rede - moda feminina, masculina e infantil - precisaram encerrar a reforma às pressas na madrugada de sábado. O plano de abrir antes de 12 de junho, Dia dos Namorados, foi revisto para permitir a inauguração oficial ontem, a menos de duas semanas do Dia das Mães. A investida em um modelo de loja segmentada é a segunda realizada pela Marisa, que em outubro já tinha aberto a Marisa Feminina para vender roupas e acessórios só para mulher. Cerca de 25% da vendas das rede vêm do mix para homens e crianças, enquanto outros 25% estão concentrados em lingerie, que agora pretende atrair mais consumidoras das classes A e B, e não só da C, sua tradicional compradora. Para o presidente da rede, Marcio Goldfarb, a estratégia de segmentação das lojas é uma boa opção para incrementar o crescimento orgânico da empresa, hoje com 225 pontos de venda, divididos entre shoppings e ruas. "Uma loja como a Marisa Lingerie precisa de 250 m2 a 350 m2, enquanto que uma da Marisa Feminina exige entre 700 m2 e 900 m2", diz Goldfarb. "Isso é menos que uma loja Marisa 'full', que vende todos os itens em um espaço médio de 1,2 mil m2, um modelo muito rígido de crescimento", afirma o presidente da empresa, que deve investir cerca de R$ 100 milhões este ano para abrir 39 novos pontos de venda. Desses, seis são de Marisa Lingerie (contando as quatro lojas já abertas) e outras 11 de Marisa Feminina. A rede também pretende chegar este ano a Tocantins e Roraima, com novas lojas em setembro. Há outras segmentações que Goldfarb analisa, nos segmentos feminino, masculino e infantil. Tudo dentro do mercado de moda, a especialidade da empresa, diz. "Também queremos crescer via aquisições", diz o presidente. "O varejo de vestuário é muito segmentado e existem redes regionais com bons resultados". Em caixa, a Marisa tinha R$ 356 milhões ao final de 2009. De acordo com a O consultor Eugênio Foganholo, da Para Foganholo, a Marisa acertou ao reforçar sua aposta no público feminino de classe média e média baixa, aproveitando o crescimento do seu potencial de consumo. Já a C&A perdeu fôlego frente aos concorrentes, diz. Curiosamente, há 10 anos a anglo holandesa anunciou sua rede de lingerie no país, a Design Íntimo, que deixou de existir pouco depois. |
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