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"O governo deveria ter taxado o IOF de 7% a 10%", diz Giannetti

Veículo: Época Negócios
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Viviane Maia
 
 
Segundo o economista e diretor de Comércio Exterior da Fiesp, o governo deveria seguir os princípios de Maquiavel: “fazer o mal de uma vez e o bem, aos poucos”

"O governo deveria ter colocado a taxa do IOF entre 7% e 10%", defendeu hoje o economista Roberto Giannetti da Fonseca, diretor de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Ele acredita que uma porcentagem maior sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro em aplicações em renda fixa e ações poderia melhorar a competitividade do exportador e do importador. "Era importante que o mercado levasse um grande susto", afirmou. "Precisava fazer o mal de uma vez e o bem, aos poucos", disse Giannetti, citando Nicolau Maquiavel, pensador italiano, num encontro com jornalistas da revista Globo Rural e Época NEGÓCIOS.

Para ele, o governo deveria considerar o risco do desemprego com a baixa cotação do dólar. "Não se trata de protecionismo, mas é uma questão de favorecer os exportadores nacionais", afirmou.

Apesar disso, o economista elogiou a atuação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Ele está consciente desse problema", disse. Segundo o diretor de Comércio Exterior da Fiesp, a sugestão para resolver a questão do dólar é criar fundos de estabilização cambial. Assim, diz o economista, essa medida poderia impedir que o câmbio se valorizasse além da compra. Giannetti acrescentou que a situação do setor exportador poderá melhorar também com a redução de custos, investimento em inovação e modernização de processos.


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