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Enxugando gelo no câmbio

Veículo: O Globo
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Flávia Oliveira

Bastaram dois dias de desvalorização do real, em razão da cobrança do IOF de 2% sobre investimentos estrangeiros, para a moeda americana voltar a cair. O movimento tem a ver com o fato de o Brasil — com IOF e tudo — ser a melhor combinação de rentabilidade e flexibilidade de regras entre seus pares emergentes. China controla o câmbio; Índia é altamente complexa; Rússia já barrou a saída de capitais. Além disso, diante da pequena alta do dólar, exportadores brasileiros se apressaram em trazer para o país o dinheiro que esperava lá fora por taxas melhores. “A tendência do dólar é de queda em todo o mundo. E o Brasil vive um ótimo momento. Não há cenário de alta da moeda aqui. O governo deveria se concentrar nas reformas que aumentarão a competitividade das exportações. A taxa de câmbio não fará isso”, diz o alto dirigente de um fundo institucional. O executivo, naturalmente, não ficou satisfeito com a taxação das operações na BM&F Bovespa. Em coro com entidades do setor, acha que o IOF acabará reduzindo o tamanho do mercado acionário local, em benefício da Bolsa de Nova York. É lá que as grandes empresas nacionais negociam ADRs.

COM GLAUCE CAVALCANTI E MARIANA DURÃO
E-mail: negocios&cia@oglobo.com.br



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