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Exportações têm queda de 25,3% no mês de setembro

Veículo: Folha de S. Paulo
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Lucas Reis

Ainda sob os efeitos da crise mundial, o total arrecadado com exportações na região de Ribeirão Preto segue em queda em 2009, revelam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgados ontem.
No mês passado, os exportadores das dez maiores cidades da região embarcaram mercadorias cujo valor total foi de US$ 231,6 milhões. Em setembro de 2008, os mesmos dez municípios exportaram o equivalente a US$ 310 milhões -queda de 25,3% no período.
Das dez maiores cidades, nove apresentaram queda e apenas Sertãozinho superou o desempenho do mesmo período do ano passado, com crescimento de 67,7% em suas vendas (veja quadro nesta página).
Embora tenha sido a única cidade entre as dez maiores da região a obter resultados positivos na balança comercial, Sertãozinho teve, junto de Bebedouro, desempenho negativo na geração de empregos no mês passado. A explicação, segundo o Ceise-BR (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético), está em consórcios feitos por empresas para montagem de usinas no exterior.
Além destas vendas, o que ocorre é que há um acúmulo de vendas em um determinado mês e a documentação acaba sendo registrada apenas no mês seguinte, disse Adésio Marques, presidente do Ceise-BR e diretor do Ciesp.
A queda das exportações de Franca foi de 33,7% no período. Para o Sindifranca (Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca), o recuo nas vendas ao exterior continuará enquanto o governo não tomar providências a respeito dos tributos pagos pelos exportadores.
Nós aguardamos que o governo exonere a tributação das exportações, se não vamos perder mais espaço para a concorrência de outros países, disse José Carlos Brigagão do Couto, presidente do sindicato, que também reclama da variação cambial.
O preço do dólar, cotado ontem abaixo de R$ 1,70, é o grande vilão das exportações na região, segundo Alberto Borges Matias, professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP.
A valorização do câmbio inibe as exportações e fomenta as importações. Com esta taxa de câmbio, desenha-se um problema para os próximos meses na região de Ribeirão, disse.
O economista cita a alta do preço do açúcar como outro fator que ajudou a impulsionar o valor obtido com as exportações em Sertãozinho.


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