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CNI quer que governo vá à OMC contra Argentina

Veículo: Valor Econômico
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) recomendou ontem que o governo brasileiro faça uma contestação formal contra a Argentina na Organização Mundial do Comércio (OMC). O motivo é o sistema de licença não automática para liberação de exportações que chegam ao país vizinho. A medida era aplicada sobre 3,7% das exportações tradicionais do Brasil para aquele país, em 2004, e atualmente a prática atinge 13,5% do total de nossas vendas.

Há denúncias por parte dos exportadores brasileiros da adoção dessa barreira, com a liberação do desembarque de produtos ocorrendo em prazos maiores do que a OMC recomenda. Com isso, os produtos chineses têm conseguido melhores condições para ganhar espaço no comércio argentino, em detrimento da produção brasileira, de acordo com queixa da CNI.

Equipes técnicas dos governos do Brasil e da Argentina se reunirão terça-feira, em São Paulo, para discutir uma possível correção no rumo do comércio bilateral praticado entre os dois países.

As exportações brasileiras para o país vizinho caíram 42,1% no primeiro semestre deste ano, comparado a igual período do ano passado e há evidências de que não foi só por causa de retração da demanda argentina, provocada pela crise financeira global.

A recomendação da CNI, enviada por carta ao MDIC e ao Ministério das Relações Exteriores, foi apoiada também pela Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e por federações das indústrias de diferentes estados. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também participará da reunião terça-feira.


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