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Uma nova ordem mundial

Veículo: Folha de Blumenau
Seção: Economia
Página: www.folhadeblumenau.com.br

Em meio à crise financeira que está esgarçando as grandes economias do Planeta, uma nova ordem mundial surge naturalmente. O encontro de cúpula do Bric, esta semana, sinaliza o início da inversão do eixo de decisões - reflexo do vazio (pelo menos provisório) de poder. Brasil, Rússia, Índia e China deixaram claro o que querem: mais influência no cenário mundial e redefinir as ações políticas e militares.

Na outra ponta do encontro dos quatro países - detentores 43% do território da Terra -, está o comércio comum, aparado num mercado de 800 milhões de consumidores. O efeito prático, no entanto, deve ser limitado, como avalia o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn. Ele aposta que as deliberações serão em nível macro, assim como já acontece com o G7, sem muita interferência no comercial, pelo menos por enquanto.

Não obstante, não há como ignorar o significado do acordo para a economia global, mesmo que o Bric evite confrontos com o G8, como sugere Kuhn. A abertura de novos mercados assegura a exportação, exigindo mais produção e, consequentemente, a manutenção de mão-de-obra. Ainda que o comércio entre os quatro países leve algum tempo para ser traduzido em números.

Blumenau, com um parque fabril moderno e exportador, tem muito a ganhar com o acordo do Bric, muito embora dependa da tecnologia importada, principalmente dos Estados Unidos. Apesar da redução nas vendas para o gigante do Norte, o país continua sendo grande parceiro comercial e as empresas querem manter os negócios. Por isso, o alerta de Kuhn para que os quatro países não confrontem outros interesses.



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