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A 10ª edição da Texfair do Brasil apresentou muito mais do que números positivos. Confirmou que os ventos de crise do Norte não serviram para esfriar o ânimo dos 190 expositores do setor têxtil. Além dos negócios gerados na feira, o evento movimentou outros setores da economia blumenauense e colocou a cidade no foco nacional. Estima-se que foram criados 2 mil empregos diretos, nas mais variadas atividades.

O balanço preliminar da Feira Internacional da Indústria Têxtil mostra que Blumenau segue na contramão da crise financeira mundial. A Karsten vendeu 50% a mais que na edição anterior. A Altenburg contabilizou 20% de alta nas vendas dos lançamentos. A Coteminas vendeu menos, mas registrou movimento maior, o que pode gerar mais negócios futuros. A Hering obteve aumento de 15% nas vendas sobre 2008.

Os números não deixam dúvida em relação à importância da Texfair para a economia de Blumenau. Além de manter a tradição de bons negócios, a feira reforça a solidez das empresas do setor. Uma resposta à cantilena da crise, que nada mais faz do que engendrar, sem fundamento, um cenário pessimista. O diretor-executivo do Sintex, Renato Valim, prefere classificar o atual quadro como “dificuldades de percurso”.

Não obstante, não há como desatrelar o impacto das economias dos Estados Unidos e Europa no contexto mundial. O refluxo das exportações para esses grandes centros consumidores interfere diretamente no processo produtivo. Por outro lado, revela a capacidade do empresariado nacional, de modo especial o blumenauense, de superar os obstáculos para seguir gerando emprego, imposto e renda.