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Vale exporta menos do que há um ano

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: Economia
Página: www.santa.com.br

Atraso na liberação do acesso ao complexo portuário de Itajaí faz empresas partirem para novas rotas
JÚLIA BORBA E SICILIA VECHI

 
 

 

BLUMENAU/ITAJAÍ- Com a estrutura de atracação de navios no Rio Itajaí-Açu abalada, empresas exportadoras da região são obrigadas a buscar rotas alternativas para embarcar os produtos. O volume financeiro de mercadorias movimentado em janeiro e fevereiro foi de US$ 639 milhões no complexo portuário de Itajaí que abrange os portos de Itajaí e Navegantes, 62% inferior ao registrado no primeiro bimestre de 2008 (US$ 1,678 bilhão). Desde novembro, as grandes empresas têxteis, metalúrgicas e alimentícias, clientes do Porto de Itajaí, passaram a direcionar cargas para São Francisco do Sul, Santos e Navegantes, que opera com navios de menor porte.

No entanto, a mudança na rota provocou gastos adicionais no frete rodoviário das mercadorias. A Teka, que exporta de 300 a 350 toneladas de têxteis por mês, desviou o embarque para os portos de São Francisco e Santos. Com isso, passou a gastar o dobro com frete, segundo o diretor de Comércio Exterior e Marketing da Teka, Marcello Stewers:

– A empresa está absorvendo os custos a mais na logística e isso não é pouco. Apesar de nos adaptarmos, a situação do Porto de Itajaí é lastimável.

A empresa Electro Aço Altona, apesar de ainda usar o único berço em atividade do Porto de Itajaí para embarcar e receber pequenas mercadorias, usa Santos como alternativa. Na semana passada, 7,5 toneladas de peças de aço foram transportadas de caminhão até Santos, com destino à França. Segundo o gerente de Exportação da Altona, Pedro Crestani, o custo do transporte chega a triplicar.

Além da demora da conclusão das obras de dragagem no canal de acesso ao Porto de Itajaí, a ameaça de paralisação dos armadores, caso o Rio Itajaí-Açu não seja liberado para embarcações de grande porte até o fim da próxima semana, assustou os empresários.

– Preocupa mais o futuro do que as dificuldades que passamos até agora. As empresas se ajustaram na expectativa de a obra terminar. Se os armadores não atracarem nem em Itajaí, nem em Navegantes, será um desastre – diz o diretor da Coteminas, Sérgio Luis Pires.

As duas dragas que removem sedimentos no canal de acesso aos portos voltaram o trabalho na sexta-feira. A Secretaria Especial de Portos (SEP), prometeu que os serviços serão concluídos até 20 de abril.

julia.borba@santa.com.br
sicilia.vechi@santa.com.br

 

As rotas alternativas

 



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