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Algodão: balança comercial tem déficit de us$ 168,7 mi em janeiro

Veículo: Último Segundo
Seção: Safras
Página: www.ultimosegundo.ig.com.br

 

O setor têxtil e de confecção brasileiro fechou janeiro com um déficit de US$ 168,7 milhões em sua balança comercial, excluindo fibra de algodão. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o número é resultado de US$ 245 milhões em importações e US$ 76,3 milhões em exportações.

Se forem incluídas as fibras de algodão, o déficit cai para US$ 108,8 milhões.

Na análise por setor, apesar do câmbio favorável, a queda foi de mais de 50% em algumas categorias. Considerado um dos "carros-chefe" das exportações brasileiras, o segmento de cama, mesa e banho sofreu retração de 52% e o de vestuário, de 45,8%.

Em janeiro, as exportações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados recuaram 33,5% em termos de valor, e 27,23% em volume, na comparação com janeiro de 2008. Quando excluídas as fibras de algodão, as exportações caíram 45,57% em termos de valor e 48,83% em volume. As quedas mais acentuadas foram nas fibras têxteis (-13,5%), fios (-15,15%), filamentos (-68,34%), tecidos (-52,25%), linhas de costura (-63,28%) e confecções (-45,22%).

As importações fecharam janeiro com queda de 22,6% em valor, e 35,14% em volume, quando incluídas as fibras de algodão. Desconsiderando esse insumo, as importações recuaram 22,14% em valor e 34,37% em volume. Alguns produtos, porém, tiveram crescimento das importações, entre eles tecidos de algodão (+57,78%), tecidos de filamentos (+14,31%) e vestuário (+53,48%). Este último é resultado dos contratos fechados há seis meses. Portanto, compras feitas antes da crise, com produtos embarcados em novembro e desembaraçados pela alfândega brasileira em janeiro. Para Abit, em nota, esse crescimento deve sofrer redução nos próximos meses.

"A explicação para essa queda brusca nas exportações vem da forte retração dos mercados. No entanto, nossa maior preocupação está nas medidas protecionistas que outros países estão adotando em relação às importações de produtos estrangeiros", disse o presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, em nota.

Diniz Filho também associou a queda das exportações do setor à Argentina e aos Estados Unidos, que sempre foram os dois principais mercados dos texteis brasileiros. Com a crise econômica, o Brasil perdeu US$ 25,8 milhões em exportações de produtos para os Eua em janeiro, queda de 56,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para a Argentina houve diminuição de 53,2% nas vendas, para US$ 20,3 milhões. As informações partem da Agência Leia.

 



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