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Veículo: Guia Têxtil
Seção: Economia
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O assunto foi debatido com o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBTP), nesta segunda-feira (8), durante reunião da Câmara para Assuntos Tributários e Legislativos da FIESC

Apesar das dificuldades que vem trazendo para as empresas brasileiras, a crise internacional pode trazer a oportunidade para que a reforma tributária seja aprovada em 2009. De acordo com o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Glauco José Côrte, essa será uma das principais bandeiras da federação e, principalmente, da Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da entidade, que completará 15 anos de criação no dia 15 de dezembro. 

A questão foi debatida com o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBTP), Gilberto Amaral, que durante reunião na FIESC nesta segunda-feira apresentou as distorções do atual sistema tributário brasileiro. Amaral destacou que os impostos em cascata, em que um tributo entra na base de cálculo de outros, é um dos maiores problemas."Por isso, mesmo sem aumentar alíquotas de impostos, a arrecadação cresce muito", afirmou. Segundo ele, a arrecadação de impostos no Brasil em 2008 vai aumentar quase 15%, dos R$ 923 bilhões registrados em 2007 para cerca de R$ 1,06 trilhão este ano.

Côrte destacou que esse e outros problemas do sistema tributário precisam ser corrigidos, e por isso a reforma tributária não pode parar no Congresso Nacional. "Não é a reforma dos nossos sonhos, mas traz diversos avanços. Vamos lutar para que ela seja aperfeiçoada e aprovada em 2009", afirmou.

O presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, que também participou da reunião, defendeu uma maior união do setor produtivo em torno desse objetivo. "Temos que nos unir cada vez mais e pressionar os nossos parlamentares, para que esse momento não seja perdido, não podemos esperar mais 10 anos por essa reforma", afirmou.

Vitórias para a indústria

Na reunião, Côrte também lembrou as principais conquistas da Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da FIESC nesses 15 anos de atuação. Ele destacou, entre outras realizações, a aprovação do Código de Direitos e Deveres do Contribuinte de Santa Catarina; a ampliação do prazo para pagamento do ICMS para contribuintes adimplentes; a rejeição do aumento do ICMS, planejado pelo governo do estado em 2006; a derrubada da prorrogação da CPMF, no ano passado; além de diversas ações para a proteção da competitividade da indústria catarinense na área tributária.

Fonte: Fiesc