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Turquia no mercado europeu

Veículo: Portugal Têxtil
Seção:
Página: www.portugaltextil.com

O mercado europeu é uma prioridade para as exportações da ITV na Turquia. Face à concorrência sentida por parte dos países asiáticos o caminho é aparentemente inevitável, implicando a focalização em produtos com maior valor acrescentado e a aposta em marcas próprias.

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Turquia no mercado europeu – Parte 1

Os fabricantes turcos de têxteis e de vestuário estão a desenvolver a produção de artigos de vestuário de gama média e alta para o mercado europeu, face à forte concorrência da China e de outros países produtores de vestuário. Mas estão também a preparar-se para a eventual adesão da Turquia à União Europeia (UE).

A dependência da Turquia do mercado europeu, o qual representou 75,5% das exportações de vestuário e 53,4% das exportações de produtos têxteis em 2007, está a gerar preocupação no sector. Esta preocupação deriva do abrandamento em certas economias europeias e dos efeitos potencialmente negativos dos recentes e futuros acordos de comércio entre a UE e países terceiros, como por exemplo, a Coreia do Sul e alguns países mediterrânicos.

A Turquia é, actualmente, responsável por 65% das importações europeias de têxteis e de vestuário, com as suas exportações a aumentarem dos 10,9 mil milhões de euros em 2004, para os 12,6 mil milhões de euros em 2007, evidenciando um aumento de 16,3%, conforme salienta Turan Atilgan, professor de engenharia têxtil na Universidade de Ege, em Izmir.

Entretanto, a totalidade das exportações de vestuário da Turquia (excluindo os têxteis básicos) aumentou 17% em 2007, para os 10,1 mil milhões de euros, e 14% ao longo dos primeiros cinco meses de 2008.

No entanto, embora estes dados sejam indicadores de um forte crescimento do sector, os custos de produção mais elevados, impulsionados pelo aumento das importações de matérias-primas, os aumentos salariais e os custos de energia, estão a forçar a Turquia a tirar melhor partido da sua bem desenvolvida cadeia de fornecimento e dos seus técnicos especializados na produção de vestuário e denim. Este esforço adicional no aproveitamento dos recursos, destina-se a conseguir ultrapassar os produtores mais baratos do Extremo Oriente e doutros locais.

Estes custos elevados têm também impulsionado as empresas turcas a iniciar a subcontratação da produção em países vizinhos como a Síria, o Egipto e até mesmo a Etiópia.

Sendo responsável pela grande fatia das exportações têxteis e de vestuário, a UE, refere Atilgan, é “um parceiro importante da economia turca, sendo os sectores têxtil e do vestuário a área industrial mais importante e a que melhor está integrada na União Europeia”.

O Tratado de União Aduaneira, estabelecido em 2005 entre a Turquia e a UE, também tem contribuído para reforçar o sector, acrescentou Atilgan, através de uma maior concorrência entre os produtores, de uma colaboração mais forte com as empresas europeias, promovendo igualmente a melhoria das normas de qualidade através da intensificação da concorrência.

Para as maiores empresas turcas, a adesão à Euratex foi, também, benéfica, sobretudo para o mercado alemão, onde as exportações de vestuário atingiram os 3,5 mil milhões de euros no ano passado.

Na segunda parte do artigo vamos abordar as medidas que as empresas turcas estão a adoptar para fomentar a sua capacidade competitiva no mercado europeu.



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