Notícias

Importados têm participação maior

Veículo: Gazeta Mercantil
Seção: Caderno C
Página: 4

30 de Abril de 2008 - O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, disse que o aquecimento do mercado interno está propiciando oportunidades às empresas locais, mas boa parte do crescimento fica com a importação.


O consumo de têxtil, vestuário e calçados aumentou 14,1%em volume no primeiro bimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a produção dos setores tiveram crescimento de 3,1%. "Esses números demonstram o descompasso entre a produção e as vendas", disse Pimentel.


No ano passado, as importações de têxteis e vestuário totalizaram US$ 3 bilhões, com alta de 40,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 2,1 bilhões. Com isso, o saldo negativo na balança comercial somou US$ 648 milhões, bem acima dos US$ 33 milhões registrados em 2006. Para este ano, Ulrich Kuhn prevê US$ 4 bilhões em importações de têxteis. Em 2005, o setor gerou um superávit de US$ 700 milhões.


Na pauta de exportações brasileiras felpudos como toalhas e roupões e T-shirts já ocuparam destaque. Atualmente, entretanto, a valorização do real aliada à forte concorrência dos asiáticos e ao fim do sistema de cotas que vigorava nos principais compradores mundiais estabelecendo volumes de compras de cada mercado, o Brasil reduziu significativamente essas vendas. Em 2005 a exportação de T-shirts contribuíram com US$ 60,74 milhões da receita com as vendas externas para em 2007 despencarem para US$ 36,52 milhões.


Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex) e também diretor da área internacional da Hering, informou que com a perda da competitividade no Brasil, estas camisetas transformaram-se em commodities. Hoje quem abastece o mercado mundial são Bangladesh e o Vietnã.


No acumulado do ano passado as exportações do setor têxtil somaram US$ 2,4 bilhões, 11,9% mais do que o mesmo período de 2006, quando registrou US$ 2,1 bilhões.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4)(J. W.)



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar