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Mais fashion, Shoulder planeja ser a Zara brasileira

Veículo: Valor Econômico
Seção: Empresas
Página: B5

Avessa a exposições, a fabricante e varejista de roupas femininas Shoulder vai crescendo quase na surdina. O novo layout das lojas, que chama atenção de quem circula pelos corredores dos shoppings, é o indicativo mais expressivo de que algo está mudando. Mas há muito mais. A empresa investiu na expansão de sua fábrica e agora parte para um projeto de ampliação da rede de lojas. Além disso, aposta na sofisticação de seus produtos.

Hoje, a Shoulder vende mais de 65 mil peças por mês em 14 lojas próprias e duas franquias. Há dois anos, tinha dez pontos-de-venda. E a meta para o ano que vem é chegar a 20 lojas, ou seja, o dobro do que possuía em 2005. "Antes de começar essa expansão, investimos fortemente na ampliação da nossa fábrica, que hoje tem capacidade mensal para produzir 90 mil peças", disse Hélio Majtlis, diretor-presidente da Shoulder, ao Valor, em sua primeira entrevista a um veículo de comunicação em 26 anos à frente da empresa, criada inicialmente como uma fabricante de roupas para terceiros.

Majtlis não revela quanto está investindo no projeto de expansão nem tampouco quanto fatura. Informa apenas que está crescendo a uma média de 30% ao ano, com um ticket médio (o valor médio gasto por compra) de R$ 480.

Praticamente tudo o que vende em suas lojas - o equivalente a 85% - é produzido na moderna fábrica de localizada no Bom Retiro, que conta com 300 funcionários. "Conseguimos ser competitivos porque temos fabricação própria. Não sofremos pressões com fornecedores e podemos gerenciar prazos de entrega", contou Beny Majtlis, filho do proprietário, que tem 23 anos e está sendo preparado para tocar o negócio familiar.

 


Quase tudo o que é vendido nas 14 lojas da marca vem da fábrica própria - são lançados 30 modelos por semana


 

Um dos pontos fortes da Shoulder é a rápida produção. São 30 novos modelos entregues semanalmente nas lojas. Os Majtlis (pai e filho) não escondem que sonham em ser uma Zara, varejista espanhola conhecida no mercado por ter em suas araras novos modelos todas as semanas, com modelagens semelhantes a das grifes famosas, mas com preços mais competitivos. O sistema é conhecido no mundo da moda como "fast fashion". "Não queremos ser uma marca que lança moda e sim que acompanha as tendências", explicou o executivo, que abriu sua primeira loja em 1995 no Shopping Ibirapuera, em São Paulo.

Para concretizar o sonho de ser a Zara brasileira, a Shoulder começou neste ano a sofisticar lojas e produtos, que até então tinham um apelo mais comercial. As novas lojas são verdadeiras butiques, decoradas por arquitetos renomados que apostam em ambientes aconchegantes, com sofás, carpetes e provadores amplos.

As roupas, sapatos e acessórios da marca também ganharam uma modelagem mais moderna. Há 600 opções de modelos, com preços que variam de R$ 49 a R$ 700, para atender diversos públicos - numa estratégia semelhante à usada pela espanhola Zara.



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