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Cal?adistas e t?xteis come?am a reagir
Seção: Economia
Página: A11
O crescimento da economia do País, apoiado no aquecimento da demanda interna, está impulsionando a reação, ainda que tímida, das indústrias de calçados, têxteis e confecções, setores dos mais prejudicados pelo câmbio. Nos últimos 26 meses, a produção de calçados só registrou quatro resultados positivos na comparação com igual mês de ano anterior, segundo o IBGE. Dois desses minguados crescimentos ocorreram em junho e julho últimos. O chefe da coordenação de indústria do IBGE, Silvio Sales, destacou na divulgação dos dados da produção industrial de julho, realizada ontem, a reação dos semiduráveis. Os fabricantes desses produtos atribuem a melhoria, especialmente, ao crescimento da renda e do emprego.“O setor é muito dependente de salário, emprego, renda, então há um crescimento da produção, mas em ritmo muito menor do que as importações, por exemplo”, disse o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel. “Há um crescimento da demanda interna de calçados no Brasil”, emendou o consultor de inteligência da Abicalçados, Enio Klein. Ambos destacam, porém, que o câmbio permanece como um problema para os dois segmentos. Klein explica que entre 20% e 25% dos calçados fabricados no Brasil são exportados e a maior parte das 6 mil empresas do setor envia algo ao exterior. No momento, parte da produção voltada para fora está sendo redirecionada para o mercado doméstico, embalada pela expansão do PIB e do consumo.
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