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Produtores comemoram produtividade de algod?o transg?nico

Veículo: Not?cias Agr?colas
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Com o plantio da primeira variedade de algodão transgênico liberada no Brasil, os produtores do Centro-Oeste já comemoram o aumento de 7% na produtividade e uma redução de 5,5% no custo com controle de pragas na região. Este calculo foi feito pelo consultor em agronegócios da Cotton Consultoria, Eleusio Freire. Mesmo sendo o único algodão geneticamente modificado (GM) à disposição, o Bt ocupou cerca de 134,2 mil hectares do Centro-Oeste na safra 2006/2007. Isso corresponde a 20% da área total de algodão plantada na região, que foi de 670,8 mil hectares. "Nesta safra, a área cultivada com a planta no Centro-Oeste cresceu 44,1%", aponta Freire. Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul representam juntos 65,1% da produção nacional de algodão. No Mato Grosso, o maior estado produtor de algodão do Brasil, a área plantada cresceu 50% este ano, para 549 mil hectares, o equivalente a 54,4% da safra brasileira. Goiás é o terceiro maior produtor, atrás da Bahia, com uma área de 76,7 mil hectares, ou seja, pelo menos 15% maior que na safra passada. Na opinião de Freire, a participação das lavouras GM na área de algodão do Centro-Oeste pode atingir até 90% em dois anos. "Isso deve acontecer caso os impasses que emperram o avanço da biotecnologia no Brasil sejam solucionados, permitindo a liberação comercial de novas versões transgênicas", explica. O pesquisador ressalta que o algodão Bt, liberado e em uso atualmente, possibilita um controle muito eficiente de três lagartas: curuquerê, das maçãs e rosada. Porém na opinião dele, ainda há a necessidade de controle da lagarta Spodoptera, de percevejos, do bicudo e de insetos sugadores como pulgão e mosca branca. O produtor Álvaro Salles, coordenador da Comissão de Biotecnologia e Assuntos Técnicos da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) diz que como a variedade Bt já se mostrou eficiente e segura, os cotonicultores aguardam anciosos a liberação de novos tipos de algodão transgênico pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para reduzir ainda mais os custos. A aprovação de novos tipos de algodão transgênico está na pauta da CTNBio. O órgão realiza no próximo dia 17 de agosto uma audiência pública para discutir a liberação comercial das seguintes variedades: tolerante ao herbicida glufosinato de amônio; tolerante ao herbicida glifosato; e resistente a insetos da ordem Lepidóptera (lagartas). Para Alda Lerayer, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), o Brasil ganhará muito com essas possíveis novas aprovações. "Calcula-se que os produtores de algodão deixarão de acumular US$ 2,1 bilhões na próxima década caso a biotecnologia fique de fora ou seja dificultada". Outra vantagem econômica está na redução do volume de água nos pulverizadores, que pode variar de 700 litros/ha a 1.000 litros/ha, também dependendo da variedade utilizada. "Se considerarmos que os algodoeiros transgênicos em poucos anos podem atingir 80% da área cultivada no Brasil, a economia de água chegaria a 800.000 m³ por ano", comenta Alda.


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