Notícias

Venda do varejo tem maior alta desde 2001

Veículo: Estado de S?o Paulo
Seção: Economia
Página: B7

 

 

As vendas do comércio varejista cresceram 9,9% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2006. Foi o maior aumento nessa base de comparação desde 2001, início da série da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, pelo quarto semestre consecutivo, o ritmo de vendas manteve acelerada alta. O mercado financeiro já esperava um aumento grande das vendas e os dados da PMC reforçaram a aposta de que o Banco Central (BC) reduzirá o ritmo de corte dos juros básicos (Selic) de 0,5 para 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 4 e 5 de setembro. “É bom que o consumo cresça, mas o ritmo está muito forte e a produção da indústria tem que ser capaz de acompanhar sem gerar inflação - o BC está acompanhando”, disse o economista Carlos Cintra, do Banco Prosper. A expansão ocorreu em todos os setores. A maior, de 24,5%, foi do grupo mais variado da pesquisa, os “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, que inclui lojas de departamento, brinquedos, artigos esportivos e óticas, entre outros. Outro destaque foi o grupo de equipamento e material de escritório, informática e comunicação, com 22,3%. A menor taxa, de 5,5%, foi do grupo de combustíveis e lubrificantes. Incluindo automóveis e material de construção, onde não é possível diferenciar varejo de atacado, as vendas cresceram 13,6%. Veículos, motos e autopeças tiveram alta de 22,8%. Para o coordenador da pesquisa, Reinaldo Silva Pereira, entre as causas do crescimento das vendas no varejo estão o aumento do emprego e da massa salarial; a valorização do real, que barateia os produtos importados; a inflação baixa e as melhores condições de crédito, com juros em queda e alargamento de prazos. “Isso tudo favorece o comércio varejista e esse quadro não tem mudado nos últimos meses”, observou.
JUNHO
Em junho, o crescimento das vendas foi de 0,4% na comparação com maio, inferior ao de maio ante abril (0,6%). Já na comparação com igual mês de 2006, a alta foi de 11,8%, a maior taxa nessa comparação desde junho de 2004 (12,9%). Além de reforçar apostas de redução no ritmo de queda do juro, o resultado do comércio também aumenta a expectativa de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alcance 6% no segundo trimestre e 5% no ano, na comparação com o mesmo período de 2006, segundo o economista da Modal Asset Management, Tomás Goulart.



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar