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'Sem Doha, sa?da para o Pa?s ? retaliar os EUA'

Veículo: Gazeta Mercantil
Seção: Agronegócios
Página: C7

  O relatório divulgado sexta-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo o qual, os Estados Unidos não cumpriram a determinação daquele organismo de solução de controvérsias não surpreendeu o Itamaraty e tampouco representantes do setor privado. 'Não poderia ser diferente', afirmou Pedro de Camargo Neto, um dos autores da ação movida pelo Brasil na OMC em 2002 contestando os subsídios ao algodão pelo governo americano.  Apesar de a contestação brasileira ter sido acatada pela OMC, o governo dos Estados Unidos não suspendeu o pagamento dos subsídios. A reação brasileira foi buscar apoio em Genebra (Suíça) para retaliar o mercado de produtos americanos como compensação pelas perdas provocadas pela concorrência desleal resultante da distribuição daqueles subsídios.  Para Camargo Neto, o recurso brasileiro à OMC não passa de uma medida protelatória. Ele acredita que as autoridades brasileiras esperavam que tudo se resolveria na agora fracassada Rodada de Doha. 'Agora o Brasil terá de exercer seu legítimo direito de retaliar os Estados Unidos', desafiou.  Foi o que anunciou na sexta-feira o subsecretário de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, ministro Roberto Azevedo. Segundo declarou sexta-feira, o Brasil 'vai reservar-se o direito de retaliar os Estados Unidos', caso o governo daquele país não cumpra a decisão do órgão de apelação da (OMC).  A disputa brasileira na OMC, vitoriosa tanto na questão dos subsídios americanos ao algodão, quanto europeus ao açúcar refinado, deu força à discussão mundial sobre o fim dos subsídios agrícolas nos países ricos e reforçou a pressão feita pelos países em desenvolvimento pela liberalização do comércio mundial.


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