Notícias

EUA estudam ampliar subs?dios a setor de algod?o

Veículo: Estado de São Paulo
Seção: Economia
Página: B3



O Congresso americano estuda propostas de ampliar os subsídios aos produtores de algodão, apesar de o Brasil estar esperando uma decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que condene os programas americanos. Uma definição sobre a disputa aberta pelo Brasil há três anos deveria ser divulgada hoje, mas foi adiada para a semana que vem.  Diante da falta de avanços nas negociações da Rodada Doha, essa disputa é vista como a única real possibilidade para limitar as distorções provocadas pelos americanos nos mercados. Se o Brasil vencer a disputa, estará aberta a possibilidade para que sanções sejam estabelecidas contra os Estados Unidos. A OMC já deu dois pareceres favoráveis ao Brasil no caso e condenou a ajuda dada pela Casa Branca. A entidade até autorizou o Itamaraty a retaliar os americanos, mas o governo brasileiro sempre optou por uma saída pacífica para a crise. Brasília havia estabelecido um acordo com os Estados Unidos dando um período para que fossem adotadas as medidas necessárias para cortar os subsídios ilegais. Agora, o Itamaraty alega que os americanos não cumpriram o acordo e não implementaram quase nada do que a OMC havia pedido. O caso foi levado mais uma vez aos tribunais da entidade que anunciará o resultado de mais de seis meses de investigações e audiências. Em Washington, o argumento é que os EUA já cumpriram a condenação ao retirar de funcionamento um de seus programas de apoio, conhecido como Step 2. O problema é que outros mecanismos de financiamento continuam distorcendo o setor. Os próprios produtores de algodão da Carolina do Norte reconheceram ao Estado que a retirada do Step 2 'não teve qualquer efeito' e que a renda do setor foi mantida graças aos demais programas. Entre os deputados que negociam a nova lei agrícola americana, a Farm Bill, há propostas que apontam no sentido contrário ao que a OMC já determinou. Uma seria acabar com alguns tetos estabelecidos para programas de empréstimos. Na maioria delas, os atuais níveis de subsídios aprovados em 2002 continuariam a existir até 2011. Pelas propostas da Farm Bill, seria colocado um limite para subsídios aos fazendeiros com renda acima de US$ 250 mil por ano. Atualmente, o limite é de US$ 2,5 milhões. Para o presidente da comissão que negocia a nova lei agrícola, Collin Peterson, o limite proposto de US$ 250 mil precisa acabar.  'Vamos sempre encontrar uma forma de garantir que os recursos cheguem aos produtores', admitiu o Farm Bureau da Carolina do Norte, a entidade que reúne os produtores da região. 
ONU alerta sobre venda de alimento contaminado
Os países emergentes podem perder espaço no mercado internacional de alimentos se os governos não garantirem um sistema de vigilância sanitária mais rígido. O alerta é da Organização de Agricultura e Alimentos da ONU (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que ontem fizeram um apelo para que os governos adotem medidas para impedir que alimentos acabem provocando mortes e problemas de saúde. Em apenas um ano, houve 2,4 mil incidentes de contaminação de alimentos no mundo. “Os países somente conseguirão manter sua participação no mercado globalizado dos alimentos e a confiança do consumidor se aplicarem os padrões internacionais de qualidade e segurança“, alertou Ezzeddine Boutrif, diretor de Proteção do Consumidor da FAO. Na Europa, produtores de carne da Irlanda estão tentando se aproveitar de supostas falhas no sistema de vigilância no Brasil para conseguir banir o produto nacional do mercado europeu. A Comissão Européia deu até o fim do ano para o Brasil adotar as leis e procedimentos necessários. Para as entidades, o que o mundo come hoje poderá se tornar um risco real para a saúde pública se políticas rígidas não forem adotadas. Um dos exemplos seria o aumento dos casos de contaminação por salmonella. A venda aos Estados Unidos de alimentos contaminados da China e a morte de três pessoas em 2006 voltaram a colocar o tema na agenda da OMS.  Em média, 200 casos de contaminação são enviados por mês aos técnicos da ONU. Em apenas um ano, 1,8 milhão de crianças morrem de diarréia. Segundo a OMS, quase todas essas mortes ocorrem por alimentos ou água contaminada.


Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar