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Estamparia rev? metas de crescimento para 2007

Veículo: Diário do Comércio
Seção: Gestão e Negôcios
Página: 13


A indústria têxtil Estamparia S/A, com três unidades fabris em Minas Gerais - Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Diamantina e Gouvea, ambas no Norte de Minas -, terá que rever para baixo - de 15% para 10% - as metas de crescimento para 2007, em decorrência da desaceleração no ritmo dos negócios no primeiro semestre do ano. Se este cenário se confirmar, o faturamento neste exercício será de R$ 124,3 milhões. Em 2006, a empresa registrou incremento de 13% nos negócios, alcançando R$ 113 milhões em movimentação. De acordo com o diretor comercial da Estamparia, Sérgio Mascarenhas Martins da Costa, a sobrevalorização do real impactou os negócios do setor não apenas no mercado externo, mas também no interno. 'Atualmente, 10% do que poderia ser exportado, é vendido no país, aumentando a concorrência', avaliou. Outro fator prejudicial para este mercado, segundo Costa, é a invasão dos produtos da China, Paquistão e índia no mercado brasileiro. Segundo nota da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o setor têxtil e de confecção é um dos mais afetados pela valorização do câmbio e o conseqüente aumento úa6 importações. Gargalos - Enquanto em 2006 a empresa exportava 20% da produção, hoje esse índice caiu para 15% e, segundo Costa, se o ritmo dos negócios se mantiver, somente 10% serão exportados. 'Não está sendo vantajoso vender para o exterior. Mantemos as vendas para não perder clientes. Espero que a questão cambial se resolva logo', ressaltou. Para se trabalhar com exportação, o ideal seria que o dólar estivesse, segundo análise de Costa, em um patamar de, pelo menos, R$ 2,40. A questão tributária também sucateia o setor, segundo afirmou o diretor. '0 pagamento de impostos, considerados abusivos, prejudica os negócios. Pagamos entre 40% e 45% de tributos sobre o faturamento, valor considerado alto e nocivo para o crescimento das indústrias brasileiras', considerou Costa. Ele destacou que a Estamparia tem 60 representantes comerciais espalhados pelo país, sendo 54 responsáveis pelas vendas internas e outros seis no exterior. O diretor afirmou que na América do Sul a empresa só não está presente no Peru e Equador. Na Europa, a comercialização já acontece com a Hungria e pode ser que, nos próximos anos, comecem as vendas para a Alemanha e Rússia. Reestruturação - Para ganhar mercado, a Estamparia S/A, no início da década de 90, reduziu em 45% o número de funcionários e aumentou em 133% o volume de produção. Naquela época a empresa tinha 2 mil empregados, que produziam 1,5 milhão de metros de tecido. Atualmente, os 900 funcionários produzem 3,5 milhões de metros. O processo de reestruturação da empresa nos últimos 10 anos, é resultado das inversões em modernização do maquinário e automação da produção. De acordo com o diretor comercial da Estamparia, Sérgio Mascarenhas Martins da Costa, em 2006 foram investidos R$ 7 milhões em equipamentos, valor que deve ser repetido neste ano. 'Atividades como ligação de fios e substituição de carretéis, antes executadas por funcionários, agora são realizadas por robôs', destacou. Produtos - Com três unidades fabris em Minas Gerais, a empresa, fundada em 1944, ocupa área de quase 40 mil metros quadrados na .região e confecciona linhas de produtos para cama, mesa, decoração e tecidos a metro. Dos confeccionados, que representam 60% da produção, a maioria é de lençóis (85%) e toalhas (12%). 0 diretor afirmou que para cada um dos 900 funcionários existentes na empresa, existe um empregado terceirizado. 'Estes funcionários são os que possuem mão-de-obra especializada, utilizados nas áreas de transporte e confecção, por exemplo', afirma Costa. 'É mais vantajoso contratá-los por este sistema', finaliza.


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