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Paraguai aceita elevar TEC a 35%

Veículo: Gazeta Mercantil
Seção: Nacional
Página: A5

Depois de quase quatro horas de reunião entre representantes da indústria e dos governos brasileiro e paraguaio ontem em Assunção, o Paraguai concordou em aceitar a proposta brasileira de aumentar a Taxa Externa Comum (TEC) dos calçados e confecções de 20% para 35%. Mas ainda falta a palavra final do Uruguai, que também pediu tempo para analisar a proposta do governo brasileiro, que foi rejeitada pelos dois países na última reunião de Cúpula do Mercosul, no final do mês passado, em Assunção.  A reunião com o governo uruguaio está marcada para o próximo dia 17 em Montevidéu. O país vizinho pediu tempo para analisar se a alteração tarifária pode representar um duplo protecionismo, já que recentemente o Uruguai adotou medidas em defesa das confecções uruguaias. 'Mesmo que eles não aceitem, acho que o Brasil deve pedir um waiver (licença) para praticar a nova tarifa, porque não podemos permitir que setores não tão importantes para os nossos vizinhos prevaleçam sobre os interesses do Brasil', disse o diretor Superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel.  O Paraguai recusou inicialmente a proposta de aumento da TEC para tentar barganhar maior flexibilização do Brasil nas as barreiras impostas à importação de seus produtos. 'Não podemos flexibilizar a legislação sanitária e fitossanitária às quais estão submetidos as importações provenientes de toda parte do mundo', disse aos paraguaios o secretário-executivo do Ministério da Indústria, desenvolvimento e Comércio, Ivan Ramalho, antes de ir a Assunção. A Assessoria de Imprensa do Ministério do Desenvolvimento afirmou que não houve moeda de troca para convencer o Paraguai, ou seja, o governo brasileiro não precisou oferecer facilidades ao vizinho em outras áreas. Apesar da euforia que dominou os industriais brasileiros após a reunião em Assunção, o clima era de total consciência sobre a dívida que ficou no ar em relação ao Paraguai.


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