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Ind?stria surpreende e cresce 4,9%

Veículo: Estado de São Paulo
Seção: Economia
Página: B

  

A indústria surpreendeu até os mais otimistas em maio. Ancorada em máquinas e equipamentos, a produção aumentou 1,3% sobre abril. O mercado financeiro previu crescimento de 0,4%. Foi o oitavo mês seguido de expansão, fato inédito desde 2004. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, foi o 11º resultado positivo: 4,9%. No ano, a produção aumentou 4,4%. Esse resultados, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levaram economistas a elevar as projeções para o desempenho da indústria e até do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007. 'É um crescimento cada vez mais generalizado e liderado por máquinas e equipamentos, o que é bem saudável', observou Silvio Sales, coordenador do IBGE. A economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, disse que deve revisar a produção industrial e o PIB para este ano. Atualmente a projeção é de produção industrial de 3,7% e PIB de 4%. 'Os indícios são de que teremos um PIB mais forte do que esperávamos', disse. Esse crescimento, segundo ela, deve ser puxado por consumo e investimentos. 'Esses são os dois grandes motores de nossa revisão.' O economista José Ronaldo Souza Junior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), disse que o resultado surpreendeu positivamente. O Ipea projetou uma queda de 0,1% na produção em maio e agora deverá elevar a estimativa para 2007, atualmente em 4,4%. Para ele, os investimentos, a redução dos juros e a expansão do crédito foram os principais responsáveis pelo 'resultado bastante positivo' apresentado pela indústria.
CONSUMO

Sales, do IBGE, destacou que o consumo interno continua o principal motor da indústria. Ele disse que o ciclo de expansão diagnosticado em 2007 só tem similar recente em 2004. Mas, naquele ano, era preponderante o papel das exportações, enquanto a demanda doméstica tem sido crucial atualmente.
Prova disso é que o setor de veículos, que tem mostrado queda nas exportações e excelente desempenho no mercado interno, apresentou aumento de 3,7% na produção em maio ante abril e puxou, como principal impacto positivo, a produção da indústria como um todo nessa base de comparação. As demais influências mais importantes também têm forte componente doméstico: indústria farmacêutica ( 8,3%), máquinas e equipamentos (3,1%) e alimentos (1,2%, neste caso também com influência externa). O peso da demanda interna também está claro na comparação com maio de 2006, em que a maior influência de alta ocorreu em máquinas e equipamentos (19,0%). O segundo maior impacto foi o de veículos (10,8%), seguido por máquinas e aparelhos elétricos (14,5%).



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