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"Queremos refor?ar a marca Rio do Sul Capital do Jeans"

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: Informe Econ?mico
Página: 14



Atuando no ramo têxtil há 14 anos, quando fundou a Kathalinas Lingerie, o empresário Edson Fronza assumiu pela segunda vez o comando do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Confecção e do Vestuário do Alto Vale do Itajaí (Sinfiatec). Reeleito para mais dois anos de mandato, ele quer reforçar a marca Rio do Sul Capital do Jeans. Abaixo a entrevista que Fronza deu ao Santa:
Jornal de Santa Catarina - Como as têxteis de Rio do Sul encaram o pacote do governo anunciado esta semana?

Edson Fronza - Ele vem ajudar com linhas de crédito mais baratas. O problema é a dificuldade de conseguir essas linhas junto ao BNDES e BRDE. Tudo que é feito para o setor ajuda, mas há muitas dificuldades com os importados, que chegam a um preço muito baixo. A carga tributária e trabalhista também nos impedem de ter preços mais competitivos, assim como a taxa de câmbio. Por isso as medidas não vão refrescar muito a situação.
Santa - Quais osdesafios da indústria têxtil no Alto Vale. Quais os principais desafios?

Fronza - Nosso setor é bastante desenvolvido na área do jeans, do tecido plano. De uns anos pra cá, no entanto, as empresas que trabalham com índigo vêm diversificando a sua produção, produzindo também artigos de malha e sintéticos. Praticamente ninguém mais produz só jeans. Nossa grande dificuldade é encontrar mão-de-obra qualificada. O desafio é abrir novos cursos de qualificação, levando-os até os bairros. Hoje o pólo têxtil da região está muito distante do Senai, onde estão os cursos.

Santa - Como as indústrias da região agregam valor aos seus produtos?
Fronza - Nossa cidade vem lançando a marca Rio do Sul Capital do Jeans, baseada na qualidade do material produzido aqui. Os produtos do Alto Vale atingiram uma qualidade de excelência, e com isso conseguimos agregar valor. Nosso índigo é até mais caro que o de outras regiões, mas por ser realmente bem melhor.
Santa - Quantas empresas existem na região?
Fronza - Há hoje cerca de 600 empresas de confecção e vestuário em 23 municípios do Alto Vale.
Santa - Como vão as exportações das têxteis no Alto Vale?
Fronza - As empresas têxteis do Alto vale não têm essa cultura de exportação. A grande maioria é de pequena e média empresa, que não têm acesso a esse tipo de comércio. Estamos tentando formar um Arranjo Produtivo Local (APL), em parceria com o Sebrae, para profissionalizar nossos empresários e colocá-los no caminho da exportação.
Santa - Rio do Sul promove no fim do mês uma rodada de negócios têxteis. Qual o principal objetivo?
Fronza - Para o sindicato o objetivo específico da rodada é ajudar as empresas a buscar novos clientes, principalmente aquelas que não têm estrutura de representantes comerciais, atingindo mercados como o Nordeste, Rio Grande do Sul e Sul do Paraná. Para as empresas o objetivo é ter volume de vendas durante a rodada.
Santa - Quais suas metas para o mandato?
Fronza - Fortalecer nossa secretaria, aumentar nosso quadro de4 associados, descentralizar os cursos de qualificação, firmar nossa rodada de negócios para que ela aconteça de seis em seis meses e reforçar a marca Rio do Sul Capital do Jeans.



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