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Têxteis e eletroeletrônicos têm déficits inéditos na balança

Veículo: DCI
Seção: Política Econômica
Página: A4

A forte valorização do real, de 27,97%, no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2007, começa a gerar os primeiros resultados negativos na balança comercial. Setores como de eletroeletrônicos e têxteis amargam seus primeiros resultados negativos nas transações comerciais internacionais depois de anos superavitárias. Pela primeira vez em nove anos a balança comercial do setor eletroeletrônico de consumo apresentou saldo negativo. Segundo levantamento da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), as importações totais do setor (linha branca, imagem e som e portáteis) alcançaram US$ 722 milhões, com um crescimento de 58,28% em relação a 2005, enquanto as exportações somaram US$ 687 milhões, com um incremento de apenas 3,27%. Com isto, o saldo da balança comercial fechou negativo em US$ 35 milhões. Outro segmento que amarga resultados negativos é o de têxteis. O déficit da balança comercial do setor têxtil e de confecção brasileiro atingiu US$ 91 milhões em março, o pior resultado mensal desde novembro de 1997. Esse valor é 840% superior ao saldo negativo registrado em igual mês do ano passado, que era de US$ 9,7 milhões. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), esse resultado é reflexo dos fatores macroeconômicos adversos, sobretudo, a valorização do real frente ao dólar. "Pelo caminhar dos números vamos atingir um déficit de US$ 1 bilhão este ano", lamentou o diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel.


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