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China e câmbio afetam a balança dos têxteis

Veículo: Gazeta Mercantil
Seção:
Página: C5

Em 2006, fabricantes de cama, mesa e banho como Karsten, Buettner, Döhler e Teka tiveram prejuízo. Os balanços financeiros de tradicionais fabricantes brasileiras de artigos de cama, mesa e banho como Karsten, Buettner, Döhler e Teka fecharam no vermelho em 2006, mostra levantamento da Somma Investimentos, de Florianópolis. Um dos itens de destaque da pauta brasileira de exportação de têxteis, a venda desses produtos foi duramente afetada pelo câmbio. E a avaliação de analistas é de que não há sinalização firme de melhoria para o setor têxtil neste ano. De acordo com o presidente da Döhler, Udo Döhler, as indústrias chegaram a vender a preços abaixo do custo, tanto no País quanto fora, para não perder os clientes. "As exportações ficaram inviáveis e o mercado interno saturou", disse o empresário. As vendas externas de produtos de cama, mesa e banho caíram 14,4% nos dois primeiros meses deste ano, para US$ 47,8 milhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit). A importação fez o caminho inverso. No primeiro bimestre deste ano, somou US$ 6,3 milhões, ante US$ 1,1 milhão do ano anterior. A balança comercial têxtil como um todo foi negativa em US$ 80,84 milhões no primeiro bimestre, ante resultado positivo de US$ 34,60 milhões em igual intervalo de 2006. Este ano, no primeiro bimestre, as importações somaram US$ 415,41 milhões e as exportações, US$ 334,57 milhões. "As empresas brasileiras estão espremidas entre o câmbio e a China", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn. O país asiático responde por cerca de 50% das compras externas brasileiras.


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