Notícias

Países da CPLP são valiosos mercados para pequenos

Veículo: Diário do Nordeste
Seção: Negócios
Página: 7

A ponte criada pelo idioma comum e a sua dependência por mercadorias importadas fazem dos países falantes de língua portuguesa uma valioso mercado para os exportadores cearenses, sobretudo os de menor porte. De olho nesse nicho, o Encontro Internacional de Negócios do Nordeste, começa hoje, no Centro de Negócios do Sebrae-CE, organizador do evento. Segundo o articulador de Acesso a Mercados do Sebrae, Horácio Melo, o evento deste ano tem como foco ´a maior proximidade com a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)´. Ele avalia que este se trata de um mercado com grande potencial, precisando ser aberto para as microempresas do Estado. O exemplo de Cabo Verde, hoje um dos principais parceiros comerciais do Ceará, é citado por Melo como justificativa para esse interesse. "Conseguimos fechar o ano passado com US$ 5,6 milhões em vendas para Cabo Verde, o que representa a abertura de um valioso mercado, uma vez que em 2002 não se vendia nada para lá´, defende. Moçambique, Angola e mesmo Portugal também estão no alvo dos microempresários cearenses. "Os setores de alimentos e bebidas, artesanato, confecções, flores e frutas, artesanatos, móveis e a construção civil têm grande potencial para estas parcerias", diz. O encontro de 2006 reuniu 250 empresas, sendo 56 estrangeiras, com realização de negócios da ordem de US$ 27 milhões durante as rodadas de negócios realizadas nos dois dias do encontro. Este ano 250 fornecedores mostram suas mercadorias para 80 compradores, sendo 70 representando 26 países como Alemanha, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Itália, México, Panamá, Portugal, Uruguai, Argentina e Venezuela. Mesmo falante de francês, o Senegal é o país com a maior delegação já confirmada para o evento, com 20 compradores. "Os africanos são um bom mercado porque dependem de importações vindas de outros países. O Brasil pode se credenciar como maior fornecedor para este mercado", avalia. A maioria das empresas nordestinas no evento ainda é de cearenses, mas o Sebrae já sente incremento na vinda de pequenos empresários de outros Estados. "São aproximadamente 60 microempresários vindos de outros locais, como Paraíba, Piauí e Pernambuco", revela. Têxteis e confecções Empresas nordestinas do setor de têxteis e confeccionados terão a oportunidade de mostrar os seus produtos e realizar negócios com compradores internacionais durante o Encontro de Negócios no Nordeste, promovido pela ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), com o apoio da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), através do Programa Texbrasil (Programa Estratégico da Cadeia Têxtil Brasileira). A ABIT está trazendo 11 compradores internacionais.


Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar