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Pará puxa expansão da indústria

Veículo: Valor Econômico
Seção: Agronegócios
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As commodities, os bens duráveis e os bens de capital puxaram as indústrias com melhor desempenho entre as 14 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006. Das 14 áreas, 11 apresentaram alta. "As principais taxas foram observadas nos locais que têm a estrutura industrial apoiada nos setores tipicamente exportadores, como minério de ferro, produtos siderúrgicos, celulose e açúcar", disse o técnico da coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo. A maior expansão no ano passado ocorreu no Pará, com 14,2%, devido especialmente à produção de minério de ferro pela Companhia Vale do Rio Doce. O segmento extrativo também deixou em boa posição as indústrias dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, cujos crescimentos, de 7,6% e 4,5%, respectivamente, ficaram acima da média nacional, de 2,8%, sempre em relação ao ano de 2005. "Houve um claro efeito positivo da indústria extrativa em 2006, que se aproveitou da alta de preços das commodities", disse Macedo. No Espírito Santo, os destaques ficaram por conta da extração de petróleo e da metalurgia básica. Macedo diz que o maior dinamismo ocorreu ainda em áreas onde a estrutura industrial tem ligação com os bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, e com os bens de capital, principalmente os produtos de informática. Em Minas Gerais, houve um bom desempenho tanto da indústria extrativa, com alta de 8,8%, quanto de segmentos manufaturados, como veículos automotores (10,6%), alimentos (4,1%) e metalurgia (2,7%). No Rio de Janeiro, a alta de 5% na produção extrativa não foi suficiente para compensar o desempenho fraco da indústria de transformação, com alta de apenas 1,2%. Com isso, a produção fluminense cresceu 1,9%. O Rio de Janeiro se ressentiu principalmente da parada para manutenção de um alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no primeiro semestre do ano passado e das reduções no refino de petróleo e álcool e da produção de automóveis. A indústria de São Paulo, que representa cerca de 40% da indústria brasileira, teve um desempenho de 3,2%, abaixo da registrada em 2005, de 3,7%, mas acima da média do país. Os setores que mais puxaram a indústria paulista foram os de máquinas de escritório e equipamentos de informática (48,5%), máquinas e equipamentos (5,5%) e alimentos (4,3%). "São Paulo retrata o que ocorreu em nível nacional, com a alta da informática, mas com setores importantes que cresceram de forma moderada", disse o técnico do IBGE. As indústrias do Sul, sob efeito da crise agrícola de 2005 e da valorização cambial, registraram desempenhos fracos e ficaram abaixo da média nacional. O Rio Grande do Sul e o Paraná tiveram reduções de 2% e 1,6%, respectivamente, enquanto Santa Catarina apresentou alta de 0,2% em 2006 na comparação com 2005. Abaixo da média da produção brasileira também ficaram as indústrias de Goiás (2,4%) e do Amazonas, com queda de 2,2%. No Amazonas, houve o recuo das exportações de celulares. Ainda apresentaram alta superior à média nacional as indústrias do Ceará (8,2%), Espírito Santo (7,6%), Pernambuco, (4,8%), Nordeste (3,3%) e Bahia (3,2%). (*Do Valor Online)


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