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Déficit na balança comercial têxtil em 2006

Veículo: Gazeta Mercantil
Seção: Indústria
Página: C4

A indústria têxtil brasileira encerrou 2006 com déficit comercial de US$ 61 milhões. As exportações somaram US$ 2,08 bilhões, 5,% menores do que em igual intervalo de 2005. As importações cresceram 41%, para US$ 2,14 bilhões. O conselheiro da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn, ressaltou que desde 2001 o setor não registrava déficit na balança comercial. "Naquele ano o déficit resultou da importação de matéria-prima; este ano é da importação de manufaturados têxteis." O diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel, disse que o setor tem exportado mais produtos de menor valor. Enquanto o vestuário tem preço FOB de US$ 20 o quilo, os tecidos custam US$ 5 e os artigos de cama mesa e banho, entre US$ 6 e 7. Já o algodão, cuja exportação tem se destacado, sai por US$ 1,10 o quilo. Kuhn disse que 90% da importação é feita pelo varejo. E acrescentou que há uma parte não contabilizada por entrada sem registro e outra por subfaturamento e classificação técnica errada, que altera os valores "Enquanto a China diz ter exportado para o Brasil 28 mil toneladas de janeiro a setembro, a alfândega brasileira contabiliza 15,4 mil toneladas", exemplificou. Para Kuhn, 2007 não será muito diferente de 2006. Mesmo que haja crescimento do PIB, boa parcela desse aumento deve ser absorvida pela importação, porque não há sinais de mudanças no câmbio. Os dados consolidados mostram que a exportação de artigos de cama, mesa e banho, um dos principais itens da pauta brasileira, caiu 16% em 2006, para R$ 340 milhões. No caso de confeccionados feitos com tecidos planos como calças e camisas, a queda foi de 21,1%, com US$ 112 milhões. Nas malhas, a venda externa foi de US$ 160 milhões, 17,5% menor. Já a importação de produtos de cama, mesa e banho subiu 59,4% (US$ 51 milhões). A de confecções com tecido plano 51,9% (US$ 234 milhões) e a de malha 55% (US$ 112 milhões).


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