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Algodão com responsabilidade

Veículo: Revista Panorama Rural
Seção: Responsabilidade Social
Página: 63

No acirrado comércio mundial, uma palavra tem se transformado em diferencial de produto e se tomado uma exigência dos consumidores em todo mundo: sustentabilidade. Produzir sem danificar o meio ambiente e respeitando os trabalhadores é hoje uma norma para quem quer exportar seus produtos. Com o projeto da FMC, as lavouras de algodão do Brasil têm conseguido se enquadrar nesse contexto de produção responsável. O programa Instituto Algodão Social, IAS, iniciado no estado de Mato Grosso, fez com que muitas das fazendas daquela região se preocupassem com a cidadania, a preservação dos direitos humanos e, principalmente, a aplicação da legislação trabalhista brasileira. Agora, com o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, a iniciativa está sendo ampliada para todo o cerrado brasileiro. Responsabilidade O objetivo do projeto, que é realizado em parceria com órgãos representativos como Instituto Ethos de Responsabilidade Social, Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Abit, e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, Anea, é de orientar os agricultores do setor algodoeiro para que eles busquem a excelência nas relações empregatícias e de responsabilidade social, como explica José Pupin, presidente do IAS: "Nossa missão é ajudar o agricultor no cumprimento das normas trabalhistas e de segurança do trabalho exigidas pelos países importadores" . João Carlos Jacobsen, presidente da Abrapa, acredita que, com a atuação nacional do Instituto, será possível uma maior profissionalização do setor cotonicultor e, assim, agregar mais valor ao produto brasileiro no mercado externo, cada vez mais competitivo e exigente. "Estamos dando um passo importante rumo ao comércio internacional. Com o trabalho do IAS, nosso algodão será reconhecido não apenas pela qualidade da fibra, mas pelos processos éticos e legais no que diz respeito às relações com os empregados e a produção, do plantio à extração", ressalta. Planos o resultados Entre as etapas desenvolvidas pelos profissionais do Instituto entre técnicos em recursos humanos, segurança, meio ambiente e saúde do trabalho está a realização de cursos nos pólos algodoeiros, para orientar os produtores, empregados responsáveis pelos recursos humanos e a segurança dos homens do campo e, posteriormente, visitas das equipes às fazendas, para checar como estão sendo desenvolvidas as relações trabalhistas. Os técnicos fazem a vistoria da fazenda e entrevistam os empregados, orientam os fazendeiros e prestam consultorias sobre aquilo que deve ser alterado e adequado às legislações vigentes. 247 fazendas já foram diagnosticadas pelas ações de campo do IAS e receberam os respectivos relatórios contendo as medidas corretivas propostas. Os indicadores demonstram que, a curto prazo, o setor algodoeiro de Mato Grosso poderá se tornar um exemplo nacional na prática da responsabilidade social empresarial.


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