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Fabricantes de moda íntima comemoram alta de vendas

Veículo: Diário do Comércio
Seção: Economia
Página: 03

As maiores fabricantes brasileiras de meias e moda íntima, a Lupo e a Trifil, reduziram as férias coletivas, típicas desta época do ano, dos funcionários da linha de produção para atender a demanda do varejo e das exportações. A medida é reflexo da expansão do setor que em 2006 teve expansão de 22% em relação ao ano passado. Em 85 anos de existência, é a primeira vez que a Lupo reduz as férias coletivas de seus funcionários. As vendas de 2006 devem registrar crescimento de 24% em relação a 2005, elevando o faturamento para R$ 260 milhões. A meta da Lupo no ano passado era conseguir um aumento de 16%. A demanda, segundo o diretor comercial da empresa, Valquírio Cabral Júnior, deve-se a dois fatores, em especial um ligeiro aquecimento de todo o mercado nos últimos três meses do ano, além da estratégia da Lupo em investir na diferenciação de suas linhas, ampliando o leque de ofertas. Cabral explica que a empresa ampliou também as vendas para a Arábia Saudita, Japão e Canadá - um incremento de 7% nas exportações sobre o mesmo período de 2005. "Esse número de pedidos não é normal para dezembro. Nossa produção anual é de 80 milhões de peças. O que aconteceu é que as lojas estavam com estoques baixos e estão precisando repor neste início de ano. Esperamos chegar a um faturamento de R$ 300 milhões em 2007", diz o executivo. Segundo o gerente administrativo da Trifil, Eduardo Schvartsman, o crescimento do setor deve-se ao fato de as classes D e C estarem consumindo mais. "O aumento do poder aquisitivo desse público ainda é tímido, mas representa muito para o comércio." Publicidade - Para este ano, segundo Schvartsman, a empresa vai investir em uma intensa campanha publicitária, para que os números continuem em trajetória de crescimento. "Tenho a confiança de que a Prefeitura de São Paulo revogue a lei que proíbe a utilização de outdoors e nós possamos usar mais essa ferramenta para atingir o consumidor", comenta o gerente administrativo da Trifil. Já a Puket, indústria de meias, underwear e homewear, não se descuida para que as unidades já instaladas, 14 no total, continuem sendo rentáveis. A empresa tem dois canais distintos de distribuição de produtos: o varejo multimarcas tradicional e as lojas que operam no sistema de franquias. Desde que se lançou no franchising, a oferta de produtos exclusivos para as lojas é uma ação constante que tem dado certo. "São produtos que chamam a atenção do consumidor pelo estilo, qualidade e pelo design divertido, característica principal da marca", frisa o diretor Ricardo Kochen. Detentora de 8% de participação no mercado nacional de meias, a Puket produz 1 milhão de pares de meias e 150 mil peças de lingerie por mês. Os produtos são distribuídos em lojas multimarcas e, desde agosto de 2003, nas lojas exclusivas Puket, que escolheu o franchising como forma de expansão. Na primeira etapa de abertura de lojas, a Puket pretende ter unidades nas principais capitais das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Atingido esse objetivo, está nos planos da rede a abertura de lojas no resto do País. "Queremos atrair novos investidores para a marca, mas também estamos dispostos a dar preferência a nossos parceiros comerciais de lojas multimarcas, caso eles queiram partir para uma loja exclusiva", diz Kochen.


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